As células do corpo humano transmitem informações por meio de sinais elétricos. Devido à diferença de potencial existente, os nervos são os condutores dessas correntes elétricas. O tecido que envolve as células é rico em íons de sódio Na+ e cloro Cl-, enquanto o tecido interno contém íons de potássio K+ e proteínas eletrizadas negativamente. O acúmulo dessas cargas ocorre nas proximidades da membrana celular, de forma que ela age como como um CAPACITOR, apresentando uma diferença de potencia de aproximadamente -70 mV . Ocorrendo um estímulo suficientemente forte em um ponto do neurônio, "portas" se abrem na membrana , provocando a passagem de íons de sódio para o interior da célula. A grande quantidade de Na+ neutraliza os íons negativos e, em seguida, torna a superfície interna da célula positivamente carregada. A diferença de potencial entre as faces da membrana torna-se momentaneamente positiva, por volta de + 30 mV . As portas se fecham e a membrana volta ao seu potencial inicial (-70 mV). Essa variação de potencial, de -70 mV para +30 mV, ocorre em alguns milissegundos e o pulso elétrico se propaga com velocidade de aproximadamente 50 m/s até a próxima célula muscular.
Tensão Elétrica no diagnóstico médico
A superfície do corpo humano não é uma superfície equipotencial. Entre postos diferentes podemos encontrar pequenas diferenças de potencial de 50 a 500uV que proporcionam a realização dos eletros (eletrocardiografia, eletroencefalografia e outros). Na realização de suas funções biológicas, as células do corpo humano utilizam íons de sódio e potássio(eletrizados positivamente) e íons de cloro (eletrizados negativamente ) no fluido intercelular. Tais partículas são responsáveis pelos CAMPOS ELÉTRICOS que se estendem até a superfície e das pequenas diferenças de potencial citadas.
Para um eletrocardiograma, por exemplo, eletrodos são posicionados em locais preestabelecidos da superfície do corpo para a medida de diferenças de potencial que variam com o batimento cardíaco. Essa variação de potencial forma um padrão repetitivo em função do tempo, que, ao ser comparado com padrões de referência , permite saber se o coração está funcionando de maneira normal ou anormal.
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